DE OLHOS ABERTOS OU DE OLHOS FECHADOS?
Como eu gostaria que você estivesse aqui.
Sua imagem não sai do meu pensamento.
Seu rosto quase sempre vem me lembrar da sua existência e
por mais que eu tente desviar, tua imagem se fortalece. Por quê? Qual o
propósito disto se você não está junto a mim?
Será que é para que eu aprenda a controlar as minhas
vontades e desejos?
Será que estás gritando de outro mundo: “Por favor estou
aqui!”
Sinceramente ainda não sei que direção tomar.
O que carrego neste momento é um choro arrependido de ter te
deixado ir embora.
O que fazer então com essas lamentações que sei não me levam
a lugar nenhum?!
Se eu entrego a Deus os meus pensamentos é como se eu já
estivesse escolhido que direção tomar, te deixando ir embora, lutando com a tua
presença se fazendo mais forte dentro de mim me pedindo por favor: “Deixe eu ir
embora.”
Se tu pedes para que eu te deixe ir embora, por que você
surge assim na minha mente?
O que te atrai para dentro de mim?
Será que sou eu tentando me apegar ao passado ou construindo
um novo presente?
O fato é que bem lembro que o presente também se vive de
olhos fechados, ao contrário do que a minha razão queira me colocar.
Então, como viver? De olhos abertos ou de olhos fechados?
Lembro-me que já havia me questionado sobre isso em outra
oportunidade. Também lembro-me em ter chegado a alguma conclusão.
Hoje, obviamente, tudo mudou. Tudo muda a todo instante. Mas
o que fica e o que vai?
Imagens, desejos, esses sempre veem. Por que eles são tão
atrativos para nossa mente?
Porque com eles preenchemos nossos vazios?
Não sei. E o choro? Aquele que vem e que não consegue sair,
de onde vem? É preciso chorar diante de tal circunstância?
É choro de uma criança que não quer deixar o pai ir embora?
Ouço uma criança chorar em baixo no meu prédio agora.
Fui verificar o que havia com ela, quem sabe ela me dá uma
resposta sobre essa criança que chora dentro de mim.
E me deu. Ela chora porque machucou o joelho.
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